quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Goiás goleia o desfalcado Botafogo e segue em recuperação: 4 a 1


Empolgada com a boa fase, a torcida do Botafogo marcou presença no Serra Dourada e empurrou o time. Mas foi o Goiás quem jogou com autoridade e confirmou sua fase de recuperação, vencendo por 4 a 1, nesta quarta-feira, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado tirou momentaneamente o time esmeraldino da lanterna da competição, enquanto o Alvinegro caiu do terceiro para o quarto lugar.
Na próxima rodada, o Botafogo, que soma 37 pontos, faz um duelo direto na parte de cima da tabela contra o Cruzeiro (40), sábado, no Engenhão. Já o Goiás, que chegou aos 20 pontos e a três rodadas de invencibilidade sob o comando de Jorginho, vai a Fortaleza enfrentar o Ceará no domingo.
O Botafogo começou a partida sem poder dizer que sofria pressão da torcida. O número de alvinegros no estádio era apenas um pouco inferior ao dos donos da casa, e o barulho era equivalente. Mas quando a bola rolou, a impressão era de que o Esmeraldino estava na frente da tabela, tamanha a superioridade em termos de marcação e domínio.
Com muitas dificuldades para sair jogando e encaixar a troca de passes em velocidade, restou ao Botafogo apelar para as bolas aéreas. Mas a falta de pontaria daqueles que procuravam Loco Abreu na área fazia com que o Alvinegro pouco ameaçasse. Sentindo a falta de cinco titulares, o time de Joel Santana estava perdido na marcação, com Renato Cajá e Edno perdidos em suas funções. Portanto, não havia ala pela esquerda.
O Goiás, sim, usava as laterais com eficiência. Principalmente Júnior, que combinava bons avanços com Felipe. E foi exatamente por este lado que o time esmeraldino abriu o placar, aos 15 minutos. O atacante iniciou a jogada e ficou com a bola depois que Leandro Guerreiro se atrapalhou no combate a Rafael Moura. Ele tocou para trás, e Wellington Monteiro chutou. A bola desviou em Fahel, enganou Jefferson e entrou: 1 a 0
A desvantagem fez o Botafogo se precipitar ainda mais. Em vez de buscar a velocidade e o toque de bola, a equipe se mandou ao ataque sem organização, insistindo nas jogadas aéreas, e ofereceu espaço ao Goiás. Maicosuel não conseguia transformar sua habilidade em algo produtivo; Edno ficava escondido na defesa; Renato Cajá não avançava, e restava a Loco Abreu reclamar dos passes que não chegavam com qualidade.
O time da casa, que não tinha nada com isso, conseguiu ampliar a vantagem aos 31 minutos, depois que Wellington Monteiro arriscou de fora da área. Jefferson espalmou, a bola tocou na trave e sobrou para Rafael Moura, que apenas empurrou para a rede, fazendo 2 a 0.
Somente a partir de então, o Botafogo parou e pensou: o negócio era colocar a bola no chão e usar a velocidade pelas pontas. E foi exatamente assim que conseguiu diminuir a diferença. Edno partiu como uma flecha pelo lado esquerdo e cruzou para Loco Abreu, que, depois de desperdiçar duas oportunidades, finalmente marcou seu gol aos 43 minutos. No terceiro jogo consecutivo e pela terceira vez com os pés.

Agora xerife da zaga, Guerreiro quer adiar aposentadoria


Aos 31 anos, Leandro Guerreiro é, para muitos, um veterano. Mas recentemente ele descobriu que, dando alguns passos para trás, será possível estender sua trajetória no futebol e, assim, continuar por mais um tempo a fazer o que mais gosta. Volante de origem, ele começou a se destacar no Campeonato Brasileiro quando foi, a pedido de Joel Santana, recuado para zaga. Sentindo-se extremamente confortável, ele uniu o útil ao agradável.
Não é a primeira vez que Leandro Guerreiro atua como zagueiro no Botafogo. Sob o comando de Cuca, chegou até a jogar pelo lado esquerdo da defesa e nunca escondeu o incômodo com aquela situação. Agora, no entanto, a história é diferente. O capitão alvinegro sentiu que, ao lado de Antônio Carlos e Fábio Ferreira, a aposentadoria ficou um pouco mais distante.
- Desde aquela época do Cuca eu dizia que a zaga não era minha, sempre me senti bem ali. Se o Joel quiser que eu fique, fico. Até gosto, pois o desgaste é menor. Além disso, quero alongar minha carreira o máximo possível, e acho que, para isso, este posicionamento é o ideal. Tinha esse projeto em mente para mais alguns anos à frente. Mas sem forçar nada, as coisas estão se encaixando - disse.
Desde que foi recuado para a zaga, Leandro Guerreiro viu seu futebol crescer. Ele sabe que tem a ver com a subida de produção de toda a equipe, mas também entende que, mais recuado, pode contribuir de uma melhor forma por ter uma visão privilegiada da movimentação que acontece no jogo.
- Acho que melhorei, sim. Mais atrás, consigo enxergar todo o campo. Quem é volante precisa dominar a bola com maior rapidez e não tem tanto tempo para pensar. Em compensação, se agora eu perder a bola, o risco de levarmos um gol é maior - observou.
Com 207 partidas pelo Botafogo, Leandro Guerreiro poderá, como xerife da zaga, disputar muitas outras batalhas com a camisa da Estrela Solitária.

Opostos na tabela e iguais em motivação, Goiás e Botafogo duelam


A simples comparação das campanhas seria suficiente para apontar um claro favorito. Mas apesar de estarem em pontas opostas da tabela, Goiás e Botafogo estão em igualdade quando se fala de motivação. Por isso, a partida desta quarta-feira, às 19h30m (de Brasília), no Serra Dourada, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, promete ser de muito equilíbrio.
O Goiás, com 17 pontos, vê a vitória como fundamental para continuar sua caminhada para fugir da zona de rebaixamento. A equipe vem de vitória sobre o Guarani e empate com o Internacional e tem como objetivo imediato deixar a lanterna do Brasileirão. Já o Botafogo, que soma 37 pontos, quer se beneficiar do confronto entre Fluminense e Corinthians para encostar ainda mais nos líderes e deixar o terceiro lugar, subindo mais um degrau rumo ao sonho do título.